DESIDROGENAÇÃO CATALÍTICA OXIDATIVA DO ETANO UTILIZANDO CO2: UMA MINI REVISÃO
Artigo
Como consequência do efeito estufa, há uma preocupação crescente, em nível mundial, para diminuir a quantidade de dióxido de carbono atmosférico e um esforço contínuo da comunidade científica em ampliar o seu uso em diversas aplicações. Recentemente, o CO2 tem sido utilizado como uma alternativa, sendo aplicado como um oxidante leve na reação de desidrogenação oxidativa do etano, possibilitando novas rotas de obtenção de eteno mais eficientes e econômicas que as vigentes. Dessa forma, a desidrogenação oxidativa do etano com dióxido de carbono se destaca como uma das alternativas mais promissoras, por ser um processo econômico e ecológico, consumindo um dos gases do efeito estufa. Analisar a literatura sobre a relevância da reação de desidrogenação oxidativa catalítica do etano como rota alternativa à produção de eteno. Trata-se de uma revisão bibliográfica que utilizou como fonte as bases de dados da ELSEVIER, SPRINGER e CAPES a partir dos descritores “ODHE”, “Desidrogenação catalítica oxidativa com CO2” e “eteno”. Por meio dos critérios de inclusão, foram analisados 50 artigos nos idiomas inglês e português publicados nos anos 2012 a 2023 e livro técnico. O CO2 é uma alternativa promissora para a reação de desidrogenação oxidativa do etano com O2, a qual sofre com a desativação dos catalisadores devido à formação de coque e reduzindo a seletividade ao produto principal. A partir do uso do CO2 como oxidante da reação temos como vantagem a produção de espécies ativas de oxigênio, reduzindo o coqueamento, e aumentando a seletividade. Entretanto, o grande desafio é o desenvolvimento de catalisadores que sejam ativos e seletivos ao eteno, despontando o óxido de níquel e óxido de cério como alternativas promissores, possuindo elevada atividade catalítica e favorecendo o ciclo redox.