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A IMPORTÂNCIA DA RESILIÊNCIA E DA TENDÊNCIA ATUALIZANTE NA RECUPERAÇÃO DO PACIENTE COM CÂNCER

Tipo de Trabalho 

Artigo

Este trabalho aborda sobre a resiliência como característica fundamental no processo de enfrentamento do câncer e a importância de um modelo de assistência em saúde, no qual a pessoa possa ser considerada, em sua totalidade, com recursos intrínsecos que podem levar à saúde. Portanto, este estudo objetiva investigar a tendência à auto-atualização e os fatores resilientes como aspectos que devem ser considerados em pacientes oncológicos no sentido de identificar sua importância no enfrentamento do tratamento do câncer. Foi realizado um levantamento bibliográfico em livros e artigos científicos publicados sobre a temática em tela. O câncer é o nome genérico de um conjunto de mais de 200 doenças distintas, com várias causas, formas de tratamento e prognósticos. Em geral, para o senso comum, ele é uma das enfermidades mais associadas à questão da morte na contemporaneidade. Porém, é um mito, pois, há possibilidades de tratamento e cura. Por carregar o estigma de doença que mata, o câncer exige que o paciente mobilize seus recursos externos e internos em seu enfrentamento, apresentando atitudes resilientes. O conceito de resiliência foi utilizado primeiramente pelas ciências físicas e, depois, passou a ser utilizado, também, pela Psicologia Positiva e caracteriza-se pela capacidade de superação de problemas que uma pessoa apresenta por meio de seus potenciais, motivações e capacidades. A pessoa resiliente busca ativar recursos externos e fatores internos, tais como, cofiança, coragem e fé a fim de superar as situações 1 Débora Helen Alves Pedrosa; Graduada pelo Centro Universitário Estácio do Recife, Pós Graduanda em Intervenções Clínicas na Abordagem Psicanalítica pela Faculdade Franssinetti do Recife. Psicóloga Clínica da Corpus Saúde e Psicóloga Clínica voluntária da Fundação Cecosne do Recife. 2 Débora Maiara Gonçalves Santiago de Oliveira; Graduada pela Faculdade Frassinetti do Recife FAFIRE, 3 Érica Gomes Sedícias; Graduada em Psicologia pela Faculdades Integradas da Vitória de Santo Antão (FAINTVISA). Psicóloga voluntária da ONG Espaço Vida em Vitória de Santo Antão. 4 Layane Monique da Silva; Graduada em Psicologia pela Faculdades Integradas da Vitória de Santo Antão (FAINTVISA). Psicóloga voluntária da ONG Espaço Vida em Vitória de Santo Antão. difíceis. De acordo com a Abordagem Centrada na Pessoa, a resiliência pode ser estimulada por meio de condições facilitadoras no processo terapêutico, que envolve compreensão empática, consideração positiva incondicional e autenticidade. A referida abordagem, construída por Carl Rogers, tem como base em sua psicoterapia a Tendência Atualizante, que implica a ideia de que todos os indivíduos são dotados de uma tendência inerente ao crescimento e à atualização, podendo, dessa forma, a resiliência ser resultado dessa atualização. O câncer não é sinônimo de morte e, a partir da teoria de Carl Rogers, acredita-se em um ser humano qualificado para reergue-se e apresentar pleno funcionamento mesmo estando em uma situação de enfermidade. Portanto, é possível afirmar que diante da doença a pessoa pode se auto-atualizar, mobilizando recursos resilientes para sua recuperação e que estudos na área da resiliência são fundamentais para auxiliar os pacientes oncológicos.