Espécies vegetais costumam estar distribuídas em vários ambientes e sempre acompanharam o ser humano desde o início da sua evolução. Entretanto, algumas delas são consideradas indesejáveis, pois inviabilizam a produtividade de forrageiras, e podem provocar intoxicações aos animais, sendo consideradas como plantas espontâneas. Elas possuem ampla distribuição e são popularmente denominadas como plantas daninhas ou invasoras. Este trabalho teve como objetivo principal realizar o levantamento taxonômico e descrição das espécies espontâneas estabelecidas em áreas de produção de pastagens do agreste alagoano.  O estudo foi realizado nas cidades de Arapiraca, Girau do Ponciano, Lagoa da Canoa, Feira Grande, São Sebastião, entre os anos de 2016 e 2017.. A princípio foi realizada a caracterização da área de estudo, e selecionados produtores que se dispuseram a contribuir com a liberação de suas propriedades para que fossem realizadas as coletas. Todos eles assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e responderam a questionários relacionados à forma de lidar com as espécies espontâneas. Em seguida as plantas foram coletadas e identificadas no laboratório B da Universidade Federal de Alagoas (Campus Arpairaca) e depositadas no herbário da mesma. Foram identificadas e descritas um total de 16 espécies distribuídas em 8 famílias botânicas a saber: Rubiaceae, Lamiaceae, Malvaceae, Solanacae, Asteraceae, Poaceae, Cyperaceae,Cucurbitacea. Os resultados apontaram  Asteraceae como a família com maior número de espécies. Além disso, percebeu-se que para os agricultores existem dificuldades para o manejo das forragens quando as espécies espontâneas estão presentes. O manejo dos cultivos associados a plantas espontâneas se mostrou ineficaz na maioria das propriedades, uma vez que não há recomendações técnicas de manejo e tratos culturais para implantação, recuperação ou condução das pastagens.