OS SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PROFISSIONAL NAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO: UM ESTUDO COMPARATIVO
Artigo
Em meados da década de 90 do século XX, os impactos dos processos da globalização influenciaram a política de gestão de pessoas da Administração Pública Federal, na qual se enquadram as Instituições Federais de Ensino (IFE). Práticas originadas no setor privado foram assimiladas pelo setor público, o que deu origem à Nova Gestão Pública ou Administração Pública Gerencial, pautada nos valores da eficiência e da qualidade. A gestão de pessoas passou a ser compreendida como atividade estratégica para o desenvolvimento das organizações e a avaliação de desempenho, um dos mais importantes instrumentos gerenciais, passou a adotar modelos mais flexibilizados e participativos. Nesse sentido, a Administração pública Federal sistematizou a avaliação de desempenho dos servidores técnico-administrativos das IFE por meio de dispositivos legais que passaram a regular essa nova forma de avaliar seus quadros de servidores. A pactuação de metas entre gestor e equipe de trabalho, a autoavaliação e a avaliação pelos pares são algumas das inovações trazidas por esses marcos legais. Tendo em vista que a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ainda não conseguiu avançar em seu processo de avaliação de desempenho, os autores deste artigo, servidores da instituição, instigados por curiosidade científica, decidiram investigar como as demais IFE do Estado do Rio de Janeiro estão procedendo a avaliação de desempenho dos seus servidores. O estudo revelou que quase todas as IFE pesquisadas tiveram avanços, em diferentes níveis, nos seus processos de avaliação de desempenho, o que reforça o atraso da UFRJ e torna urgente a revisão dessas práticas na Universidade.