RECONSIDERAR AS DIFERENÇAS NO COTIDIANO ESCOLAR: UMA ONTOLOGIA PARA O PROFESSOR DE FILOSOFIA PRESENTE?
Artigo
Desde a aprovação da Lei nº 11.684, de 02 de junho de 2008, as questões sobre o Ensino da Filosofia tem tomado amplamente diversos âmbitos teóricos. De um lado tem-se a abordagem de autores que defendem o ensino de filosofia numa perspectiva filosófica e não pedagógica. Há a importância de um professor que ressignifique as diferenças no cotidiano da sala de aula, é um desafio que se coloca no presente, isto é, que o professor supere os discursos de negação e de marcação das diferenças. Nesse sentido, desenvolver um ensino de filosofia eficaz, pressupõe não só a utilização dos textos clássicos dos filósofos que fizeram e promovem a perpetuação da filosofia como apenas mais uma disciplina do currículo, mas como um distintivo que possibilite o desenvolvimento da criticidade dos alunos do Ensino Médio por meio do respeito às diferenças. Lutar para que a filosofia permaneça como disciplina no currículo escolar, não é suficiente. É preciso engendrar novas formas de abordagem para que o aprendizado seja de qualidade no qual os estudantes possam, por meio da produção autônoma no cotidiano, que é uma experiência filosófica, poderão reconhecer a filosofia e sua importância sem que haja risco de perdê-la. A emergência da ressignificação do cotidiano da sala de aula, isto é, como o professor reage diante dos acontecimentos cotidianos? A resposta é decisiva, pois, esses acontecimentos são potencialmente legitimadores do papel da filosofia na vida do educando no ensino médio. Eles podem reconstruir de maneira racional o lugar da filosofia, assim como proporcionar a formação de indivíduos, críticos, reflexivos, autônomos, etc. categorias estas que devem ser colocadas em prática.