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A PRÁTICA INTERDISCIPLINAR NAS OFICINAS DO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

Tipo de Trabalho 

Monografia

A motivação para este trabalho surgiu no sétimo período do curso de graduação em Pedagogia; durante a prática do Estágio Supervisionado IV, desenvolvido em uma escola dos anos iniciais do Ensino Fundamental, associado à disciplina Currículo I que também compõem o ementário do curso.

Em decorrência da observação e da participação nas disciplinas, nasce o objetivo geral desta pesquisa empírica: entender e analisar de que forma a interdisciplinaridade é trabalhada dentro das oficinas do Programa Mais Educação.

E os objetivos específicos consistem em: compreender através de um breve levantamento histórico conceitual a abordagem  interdisciplinar e o Programa Mais Educação. Destacando a articulação ente ambos - identificar os macrocampos que abrigam as oficinas- Identificar e analisar a prática interdisciplinar nas oficinas do PME, a fim de contribuir com dados relevantes e com possibilidades formativas - individuais e/ou sociais, buscando na comunidade escolar a vivência com o dia a dia dos alunos e dos demais agentes envolvidos. Segundo Freire (1987, p.42):

 

[...] os homens se sabem inacabados. Têm a consciência de sua inconclusão. Aí se encontram as raízes da educação mesma, como manifestação exclusivamente humana. Isto é, inconclusão dos homens e na consciência que dela têm.  Daí que seja educação um que-fazer permanente. Permanente, na razão da inconclusão dos homens e no devenir[1] da realidade. Desta maneira, a educação se re-faz constantemente na práxis. Para ser tem que estar sendo.

 

Concordamos com Freire, pois assim como o sujeito historicamente conserva-se inacabado ou em processo de construção, desconstrução e reconstrução[2]. Igualmente esta pesquisa não tem a pretensão de fechar em si mesma, podendo o leitor encontrar diversas possibilidades no estudo da temática.

 

[1]  Devir – É um conceito filosófico que qualifica a mudança constante, a perenidade de algo ou alguém. Surgiu primeiro em Heráclito (a. C.) e em seus seguidores; o devir é exemplificado pelas águas de um rio, “que continua o mesmo, a despeito de suas águas continuamente mudar.” Traduz-se de forma mais literal a eterna mudança do ontem ser diferente do hoje, nas palavras de Heráclito: "O mesmo homem não pode atravessar o mesmo rio, porque o homem de ontem não é o mesmo homem, nem o rio de ontem é o mesmo do hoje". (Base da Filosofia)

[2]  A teoria de Piaget (assimilação, acomodação.). O conhecimento é gerado de forma transversal.  A partir de uma intercomunicação do indivíduo com o seu meio, em conformidade com a base que cada pessoa (criança) possuir. (Piaget, 1990)