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ABORDAGENS PSICOLÓGICAS E LEGAIS EM RELAÇÃO À BIOÉTICA

Tipo de Trabalho 

Artigo

A atitude do ser humano frente a morte e o morrer passou por grandes mudanças, caracterizando uma ruptura histórica, esvaziando-se o seu sentido original, porém, remanescendo antigos costumes em um cenário não mais doméstico, mas envolto de uma interdição em torno de tudo que envolve este processo, uma verdadeira institucionalização. Nesse ínterim, vista de maneira extremamente institucionalizada e desumana, pelas técnicas da moderna tecnologia médica, a morte vai sendo desconfigurada, afeita às máscaras. Nesse aspecto, tem surgido diversas discussões sobre maneiras de deixa-la menos dolorosa e de se ouvir o desejo do paciente.  Os progressos da medicina e da tecnologia têm proporcionado, por um lado, a cura de inúmeras doenças, como também um prolongamento da vida. Por outro, a medicina moderna é altamente tecnicista e essa realidade vem provocando sua interferência excessiva vindas de intervenções terapêuticas sem limites contribuindo para a falsa ideia sobre a possibilidade de controle da morte. Surge, nos tempos atuais, o termo cuidados paliativos, que consiste em proporcionar ao paciente fora de possibilidades terapêuticas, maior qualidade de vida frente ao agravamento de sua doença. Ao discutir os direitos humanos frente à dignidade de morte e morrer do paciente, a amplitude de se abordar mais sobre a temática tão importante em ser discutida, de modo que pensar em Direitos Humanos é no momento refletir sobre a morte visando a qualidade dessa para se ter a dignidade no fim da vida. É fundamental se estabelecer protocolos de morte com dignidade para pacientes gravemente enfermos e formas de proteção à distanásia. É grave infração ética manter pacientes em UTI por razões econômicas. Essa atitude nunca será declarada abertamente, mas em alguns casos é o que transparece quando se observa o prolongamento de permanência nessas unidades de pessoas que estão praticamente mortas ou com morte encefálica, lembrando que quando esta ocorre o paciente já tem o óbito confirmado. É fundamental esclarecer os familiares a respeito dessa situação para que se possa pensar cada vez mais sobre a morte de uma maneira ética e cuidadosa.