O texto aborda, em linhas gerais, o desenvolvimento histórico da Educação Profissional no Brasil, com foco nas políticas públicas educacionais relativas a esta modalidade educacional e suas relações com os contextos econômicos e políticos das fases que compõem o Período Republicano, a partir de 1889. O objetivo central foi investigar como a Educação Profissional foi marginalizada nas políticas educacionais, em especial devido à tradição dualista que separa a formação escolar destinada às classes abastadas em contraponto a educação básica projetada para as classes populares pelos governantes. O problema que norteou o escrito reside no fato de que, historicamente, a Educação Profissional no país foi relegada a um segundo plano, sendo oferecida como uma solução para a formação da mão de obra das classes menos abastadas, enquanto a educação acadêmica foi, tradicionalmente, voltada, sobretudo, às elites. A contextualização inclui uma análise desde a proclamação da República até o início do século XXI, com destaque para as reformas educacionais da Era Vargas (1930-1945), a Ditadura Militar (1964-1985) e os governos democráticos posteriores, sobretudo entre 2003 e 2016. A metodologia utilizada é teórico-documental, de natureza qualitativa e exploratória, e busca compreender como essa dualidade educacional reflete o modelo de escolarização capitalista-dependente, limitando a emancipação dos mais desfavorecidos.