A MANUTENÇÃO DO WELFARE STATE COMO MECANISMO DE COMBATE À CRIMINALIDADE ECONÔMICA
Artigo
O cerne do deste trabalho é abordar as origens do Estado de Bem Estar Social, ainda que de forma sucinta, a sua crise e se existe alguma conexão entre a crise e o aumento da criminalidade econômica nos países. Observamos a estruturação do Estado de Bem - Estar Social ocorreu início do século XX e se deu nos países líderes do capitalismo europeu em decorrência da crescente massa trabalhadora. Como não poderia ser diferente, o marco social das políticas sociais desenvolvidas àquela época foram predominantemente de cunho previdenciário e as decorrentes de acidentes de trabalho, se valendo, sobretudo pelo aumento das organizações sindicais em sua maior concentração em países como Inglaterra, França e Alemanha. Atualmente no contexto de globalização, o welfare state encontra uma série de dificuldade e a necessidade de se recalibrar. O que se tenta demonstrar é que existe uma relação entre países que não abandonaram as raízes do seu “coração social” e países que hoje figuram como os que possuem menores índices de criminalidade econômica, conforme estudos de organizações internacionais. Ou seja, existe uma relação entre a manutenção – recalibrada – de políticas públicas com a menor incidência de crimes financeiros, os motivos vão desde a redução dos níveis de desigualdade social, melhora do poder aquisitivo, mas principalmente do fomento a noção de integração social, conforme se demonstra tendo como premissa de estudo a gestão aplicada na Escandinávia.