Ao longo das linhas de transmissão e distribuição da energia elétrica, gerada em locais remotos, ocorrem perdas que podem ser inerentes ao próprio sistema, assim classificadas como perdas técnicas, ou decorrentes de variáveis exógenas, que, por esse motivo, são consideradas não técnicas PNT. Essas últimas, que são o objeto do presente estudo, são causadas por fraudes de modo geral, sem afastar problemas de gestão das distribuidoras de energia. Os prejuízos causados pelas PNT são objeto de inúmeras discussões entre os players do setor elétrico, chegando ao Congresso Nacional. Tendo essa preocupação em conta, o presente artigo traz uma análise com viés socioeconômico comparando o problema entre os diversos estados brasileiros e visando a identificar uma correlação com os seus indicadores analisados. A metodologia adotada é de pesquisa exploratória documental, fazendo uma análise investigativa do pro blema, sob o viés socioeconômico, considerando informações estatísticas disponíveis em órgãos oficiais. Abordam se os aspectos regulatórios e tarifários, que são influenciados pelo necessário rateio de parte dos prejuízos causados pelas PNT. Em seguida, sã o apresentados registros estatísticos das PNT ao longo dos estados, variáveis demográficas (população e densidade demográfica) e socioeconômicas (Índice de Gini, a Taxa de Inadimplência, a Taxa de Desemprego, a Taxa de Analfabetismo e Indice de Escolaridad e). As análises e discussões sobre as comparações dos dados estudados pretendem mostrar as correlações entre as PNT e as variáveis socioeconômicas. E, ainda, como as distribuidoras atuam na mitigação do problema. Ao final, a conclusão mostra se as variávei s socioeconômicas são objetivamente uma causa fundamental para as PNT ou se há outros fatores que impactam o problema.