Esse artigo trata de algumas preocupações atuais que envolvem a proteção contra incêndio em patrimônios históricos e culturais. Tem-se como objetivo contribuir com os estudos recentes brasileiros que avançaram nas determinações legais e na formulação de padrões técnicos para a proteção contra incêndio, colocando o Brasil dentro dos padrões internacionais de segurança contra incêndio. O foco do artigo está na segurança contra incêndio em lugares que guardam objeto de valor inestimável, como museus, bibliotecas, galerias de arte, centro de documentos históricos e outros, categorizados na divisão F1 da Classificação das Edificações e Áreas de Risco quanto a Ocupação, do Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (CSCIP) do Corpo de bombeiros do Paraná. Procura-se destacar a dificuldade de inserção de regulamentações próprias que atendam às adequações necessárias para a proteção do patrimônio, assim como de visitantes e funcionários, e que sejam amplas para garantir que cada edificação que guarde material histórico-cultural mantenha especificações próprias para controle e prevenção de incêndios, a adoção de planos de emergência. Defende-se a necessidade do entendimento por parte dos projetistas e dos governos de que a proteção contra incêndio deve considerar a unicidade do material exposto, assim como a preservação de seus visitantes, funcionários, além da edificação e arredores, e estar aberta para revisões e ampliações que considerem as novas necessidades da sociedade e da evolução tecnológica.