O presente estudo se propôs a pesquisar e analisar as formas atuais de produção de trabalho dentro do contexto neoliberal, de reestruturação produtiva e pandemia pela COVID-19. Por meio de uma revisão sistemática da literatura científica em cinco bases de dados on-line, quais sejam, SciELO, Caderno CRH, Revista de Saúde Pública, Revista Serviço Social & Sociedade e, por fim, Revista Textos & Contextos com os seguintes descritores “uberização” AND “pandemia”, encontramos 07 artigos. Como resultado, temos que existe a transferência de responsabilidades para os trabalhadores, a ausência de vínculos trabalhistas, pouca estabilidade e carência de direitos. O que agrava, por sua vez, a quantidade de riscos envolvidos, os níveis de saúde mais fragilizados dos trabalhadores e a tentativa de manifestações e paralisações sem sucesso antes e durante a pandemia. Portanto, concluímos que os postos de trabalhos que empresas-plataformas oferecem correspondem a formas mais precárias e informais da exploração da força de trabalho, a qual tem se expandido consideravelmente, o que escancara a necessidade do capital de extrair mais lucro através da exploração da força do trabalho. Portanto, a uberização é o resultado do receituário neoliberal baseado na flexibilização, na desregulamentação do trabalho e na privatização. Por conseguinte, a uberização tem se aprofundado nos tempos de pandemia em que vivemos com ainda mais informalização, subsunção, precarização, vulnerabilidade, desigualdade social e exposição ao risco durante as corridas, o ritmo, a intensidade e a extensão jornada, bem como adoecimentos, mortes, protestos e paralisações.