O objetivo do estudo é analisar as relações de poder e autoridade sob a ótica do fenômeno da legitimação, na busca da obtenção de consensos e produção da obediência voluntária na sociedade. A perspectiva do uso da força também é abordada, diante de sua correlação direta com a própria noção de Estado e como atributo do poder voltado à manutenção da soberania, embora seu uso recorrente possa representar uma espécie de anomalia sistêmica. As premissas apontam para um esgotamento do modelo de simbiose entre legitimidade e legalidade como fator suficiente para respaldar as estruturas estatais atuais frente a perplexidade dos detentores do poder diante de uma sociedade complexa, desigual e digital. Noutra vertente, analisa-se as estruturas de dominação social a partir da interação entre economia e poder, diante do seu conteúdo essencialmente patrimonialista e fator histórico determinante para estabelecer a posição social dos indivíduos no processo de estratificação social. Por fim, aborda-se o exercício da liberdade de manifestação diante da multiplicidade de demandas sociais contemporâneas frente ao questionamento da autoridade e legitimidade das instituições estatais.