CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS E PRODUTIVAS DO CAPIM MOMBAÇA SOB SOMBREAMENTO, NA FASE DE ESTABELECIMENTO
Artigo
As gramíneas forrageiras podem ser submetidas as condições de redução da quantidade de luminosidade, seja pela consorciação com culturas anuais, seja pela integração com espécie arbórea (sistema silvipastoril), desse modo, o objetivo deste trabalho foi avaliar as características produtivas e estruturais do capim-mombaça (Megathyrsus maximus), na fase de estabelecimento, submetido a quatro níveis de sombreamento artificial (0, 30, 50 e 70%). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com cinco repetições. Para isso, foram avaliadas a altura da planta – AP, comprimento de perfilho - CP, relação folha/colmo (RFC), massa seca de folha, colmo, material morto e total, densidade populacional de perfilho, peso individual de perfilho e número de folhas vivas e mortas. O sombreamento de 50% induziu maior produção de massa seca total (MST), não havendo efeito significativo de MST para os tratamentos a pleno sol e 30%. Observou-se redução do número de perfilhos (NP) à medida que a luminosidade foi restringida, assim como, aumento da altura da planta, comprimento de perfilho e peso seco de perfilho. Destaca-se que as maiores médias de alturas foram encontradas no sombreamento a 50 e 70%, bem como, os maiores pesos individuais de perfilho. As menores produções de massa seca total da parte aérea e menor RFC foram encontradas no sombreamento mais severo. A partir das análises de todas as variáveis, pode-se inferir que o capimmombaça apresenta melhor aclimatação na faixa de 30 e 50% de sombreamento, o que confere a essa cultivar uma boa plasticidade fenotípica, assim, recomenda-se o estabelecimento de pastagem em sombreamento de leve a moderado. Portanto, a gramínea forrageira mombaça apresenta potencial de uso para sistema silvipastoril.