Cultura da subsistência é quando alguém realiza uma determinada atividade para fins próprios, individuais ou familiares, como para a alimentação e o sustento. Esse tipo de atividade é muito comum em pequenos locais e costume envolver apenas a própria família, seja no cultivo de alimentos (agricultura de subsistência), como também na criação de animais (agropecuária de subsistência).

Ocorre que, apesar de ser uma prática permitida no nosso país, a cultura da subsistência exige ações com responsabilidade e o cumprimento de uma série de recomendações, principalmente em relação à criação de animais. Essa atividade exige, por exemplo, cuidados com a higienização do ambiente, a alimentação e trato com os bichos.

Em nossa Revista Acadêmica existe um artigo relacionado a esse assunto, mais precisamente em relação à criação de suínos. A autoria é de Darleny Eliane Garcia Horwat e Juliana Sperotto Brum e o tema do trabalho é: “ASPECTOS DE BEM-ESTAR ANIMAL EM CRIAÇÕES DE SUÍNOS VOLTADAS À SUBSISTÊNCIA”.

Confira o resumo do trabalho:

O conhecimento sobre os principais problemas de bem-estar animal que acometem suínos em diferentes estágios de produção se faz necessário para melhorar os planos de manejo do rebanho. Nos sistemas de produção intensiva, já está bem definido quais são as diferentes situações que prejudicam o bem-estar dos suínos, mas não há tal conhecimento nas criações de subsistência. Assim, objetivou-se relatar os problemas relacionados ao bem-estar animal encontrados durante visitas a criações de suínos voltadas à subsistência. Este estudo incluiu 134 criatórios de suínos localizados na região Metropolitana de Curitiba, Paraná. Durante as visitas foram observados pontos relacionados com a alimentação, alojamento, saúde e comportamento dos animais. Em 14,9% dos criatórios foi constatada a presença de animais magros, fato que pode indicar problemas no fornecimento da alimentação. Em 41,6% não havia fornecimento adequado de água, principalmente, devido à presença de água suja, utilização de recipientes inadequados e falta de fornecimento. Foram identificados problemas nas condições de ambiente em 15,7% das criações e os mais frequentes estavam relacionados com a estrutura precária e a falta de iluminação natural. Havia suínos com lesão na pele em 4,5% dos locais visitados, porém, em nenhum foi observado suínos com lesões na cauda. Na maior parte dos criatórios avaliados (67,2%) os suínos estavam expostos à dor provocada pela castração sem o uso de anestesia. Quanto aos fatores que podem comprometer o comportamento dos suínos, foi verificado a falta de material para enriquecimento ambiental e o alojamento de animais sozinhos. Com as situações observadas neste estudo é possível concluir que em criações de suínos de subsistência existem desafios relacionados ao bem-estar animal e os mais frequentes foram o inadequado fornecimento de água e a realização da castração sem uso de anestesia.

Artigo na íntegra: ASPECTOS DE BEM-ESTAR ANIMAL EM CRIAÇÕES DE SUÍNOS VOLTADAS À SUBSISTÊNCIA