O presente artigo pretende discutir elementos teóricos que permitam analisar como o trabalhador chega à patologia da solidão, além de levantar as principais psicopatologias que podem levar o trabalhador a expressão máxima do sofrimento, o suicídio. O sofrimento no trabalho é gerado pelos efeitos das relações de trabalho sobre a saúde mental, esse tipo de sofrimento que pode ter consequências lastimáveis, pode ser um ponto de partida e vem se transformando em uma nova chave para se discutir o trabalho, seu significado, seu valor e sua função na compreensão da subjetividade, como também o modo como se estruturam os laços sociais e se vive em sociedade. Com a preocupação de trabalhar com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes dos trabalhadores, considerando um espaço mais profundo das relações, processos e dos fenômenos, optou-se por uma pesquisa qualitativa e descritiva, através de estudo bibliográfico. Desse modo, a partir da discussão do fenômeno da violência no trabalho e da forma como ela leva o trabalhador a patologia da solidão, considera-se esta temática de extrema relevância para futuros estudos no campo da Saúde do Trabalhador e da Saúde Mental. Entende-se que conhecer a violência relacionada ao trabalho poderá ajudar a desvelar situações de violência, ocorrentes no âmbito do trabalho, que estejam para além da percepção dos próprios atores sociais envolvidos.